"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina".

Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.

Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.

Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.

Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.

Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade.

Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando....

E termina tudo com um ótimo orgasmo!!!

Não seria perfeito?"

Charles Chaplin*

quarta-feira, 27 de março de 2013

Filme Vai Que Dá Certo | Comédia estreia este mês!



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O cinema nacional produz cada vez mais, e isto é resultado direto de incentivo e público que, hoje, torcem menos o nariz para as produções tupiniquins. De ‘O Som ao Redor’ a ‘De Pernas pro Ar’, todos os gostos e gêneros estão presentes nas telonas, e a comédia que dá o ar da graça em nossa postagem de hoje é ofilme Vai Que Dá Certo, produção que tem grandes nomes do humor brasileiro e que pode garantir boas risadas para quem gosta do estilo. Saiba mais informações deste lançamento de filme com data prevista de estreia para 22 de março.

Filme Vai que Dá Certo aposta nos clichês do humor

Vendo o trailer, parece que não há nada de inovador no filme Vai Que Dá Certo. A história se passa no Estado de São Paulo e os personagens principais são cinco amigos que querem ganhar dinheiro fácil, para isso, formam uma quadrilha para praticar um assalto na cidade, mais precisamente em uma transportadora de valores. O problema é que nada dá certo e eles acabam se metendo em diversas confusões.
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Fábio Porchat ~sensualizando~ em GIF (cena do filme)
Fábio Porchat é um dos roteiristas do filme e é inegável notar algumas características do seu canal do YouTube, o Porta dos Fundos – endereço com esquetes bem-humoradas e que já possui quase 200 milhões de exibições. Em um misto de críticas sociais e referências à cultura pop, o filme Vai Que Dá Certo foi dirigido por Maurício Farias (A grande família: O filme)
No elenco há participações de Felipe Abib, Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Bruno MazzeoLúcio Mauro FilhoDanton Mello e Natália Lage. Todos parecem estar bem sintonizados em cena e a produção fica bem mais engraçada.
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Imagem de ação promocional do filme no Facebook
Por contar com atores advindos de uma grande promessa do YouTube, creio que eles poderiam explorar mais as mídias sociais para divulgar o filme Vai Que Dá Certo, afinal, nada melhor que um bom site, ações no Facebook e postagens no Twitter para disseminar a produção e angariar mais espectadores. Porém, em análise, só temos o site com um banner-anúncio, o trailer e um link para o Facebook que, da mesma forma, deixa a desejar.
E aí, se empolgou para assistir o filme Vai Que Dá Certo? Conta pra gente!

Filme Vai Que Dá Certo | Ficha Técnica

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Filme: Vai Que dá Certo
Direção: Maurício Farias
Elenco: Lucio Mauro Filho, Danton Melo, Bruno Mazzeo, Fábio Porchat.
Gênero: Comédia
Estreia: 22 de Março de 2013



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Com informações do G1
Com ingotm

Trailer de Wolverine: Imortal é lançado



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Depois de atrasar mais de um mês da data prevista, finalmente o trailler de Wolverine: Imortal foi lançado, nesta quarta-feira (27). Como prometido, o novo filme do Wolverine é mais sombrio e tem um Logan mais depressivo.
história se passa após os eventos de “X-Men: O Confronto Final”, com Jean Grey morta e a separação do grupo de mutantes. A imortalidade torna-se, então, um peso para Wolverine, que se vê sozinho no mundo eternamente. O roteiro do filme coloca Logan no Japão, onde ele vai ser desafiado por ninjas e um samurai de aço.
Hugh Jackman volta ao papel de Wolverine e o lançamento está marcado para  26 de julho deste ano.

Veja o trailer de Wolverine: Imortal

Ficha Técnica | Wolverine: Imortal

wolverine-imortalDiretor: James Mangold
Elenco: Hugh Jackman, Svetlana Khodchenkova, Famke Janssen, Will Yun Lee, Kenuichio Harada, Brian Tee, Hiroyuki Sanada, Tao Okamoto, Rila Fukushim, James Fraser, Luke Webb, Hal Yamanouchi.
Ano: 2013
País: Estados Unidos
Gênero: Ação
Estreia: 26 de Julho (EUA)

domingo, 3 de março de 2013

Critica - Filmes e videos


 Se Beber, Não Case

ATENÇÃO: Esta crítica contém alguns spoilers.
Comédia do final de 2009, Se beber, não case fez grande sucesso pela história que o torna possível de se tornar verdadeiro, se não fosse por alguns exageros. O primeiro erro do filme está na tradução. Uma crítica é sempre constante no ambiente cinematográfico: as traduções mal feitas de muitos títulos hollywoodianos, que hora entregam o final do filme, hora tiram a o seu tom atrativo. Com o longa em questão não foi diferente. O título original é Hangover, ou Ressaca. Algo mais propício para um filme que conta a história de quatro amigos que vão para Las Vegas, a cidade dos muitos segredos escondidos, para uma despedida de solteiro de um deles. Ao acordar no quarto do hotel após uma noite de bebedeira, eles tentam descobrir fatos intrigantes como o que faz um tigre dentro do banheiro? De quem é o bebê dentro do armário? Porque um dos rapazes está sem um dente? E o principal: onde está o noivo?
A história intrigante prende nos minutos iniciais da comédia, mas ela se perde ao longo dos 99 minutos diante das respostas para as questões acima que são respondidas de forma nada criativa. Já o tom de comédia é garantido pelo trio de melhores amigos – Phil (Bradley Cooper, de Ele não está tão afim de você), Stu (Ed Helms) e Alan (Zach Galifianakis, de Um parto de viagem) –, que estão bem afinados. O noivo desaparecido Doug (Justin Bartha, de A Lenda do Tesouro Perdido), pouco aparece em cena e praticamente nos esquecemos dele mergulhados na curiosidade de desvendar, junto com os três amigos pós-ressaca, o que aconteceu na noite anterior. Quem reforça o time de atores é a atriz Heather Graham, que interpreta uma prostituta. O tom de realidade se perde diante de algumas propostas e nelas o bom senso é deixado de lado. Que o diga a participação de Mike Tyson para justificar a aparição do tigre no banheiro. A atuação do ex-boxeador é vergonhosa e desnecessária.
Se beber, não case alcança sua proposta de fazer rir e é válida. Mas, tropeça em algumas situações que são difíceis de acreditar. Diga-se, de passagem, das cenas do traficante chinês que tinha tudo para ser engraçada. Mas não foi. E quem conseguiria, por exemplo, invadir a casa de Mike Tyson e roubar um tigre? Quem roubaria uma viatura policial e a receberia tranquilamente na porta do hotel no dia seguinte? Esta última questão tem claramente um tom de crítica politicamente incorreta à polícia americana, mas que cabe melhor aos espectadores de lá por ser uma piada regional e fora do nosso contexto. De pronto, a comédia foi um sucesso de bilheteria nos EUA e repetiu o feito no Brasil, mesmo com os cortes em algumas piadas mais ácidas e com alto teor sexual para diminuir a censura e permitir a exibição nos cinemas.
O longa não é de todo ruim. O time de ótimos atores garante o riso fácil, mesmo diante de cenas com fatos desastrosos. Explica-se o seu sucesso pela forte empatia que o público tem com a comédia.
Se todo filme, independente do gênero, tem uma mensagem a transmitir, me arrisco a deduzir que Se beber, não case não faz com que você seja contra o matrimônio. Ao contrário. O melhor é não beber demais na sua despedida de solteiro(a) e tomar cuidado com os amigos que você convida e as bebidas que eles podem vir a lhe oferecer.




A Órfã

Após perder seu terceiro filho em um trágico aborto, o casal Kate (Vera Farmiga) e John Coleman (Peter Sarsgaard), que já tem outros dois filhos, Daniel (Jimmy Bennett) e Maxime (Aryana Engineer), que é surda-muda, o casal decide adotar uma outra criança. Na visita a um orfanato, eles conhecem Esther (Isabelle Fuhrman), uma garotinha de nove anos muito desenvolvida para a sua idade e que tem um histórico familiar triste e também misterioso. Mistério este que começa a intrigar Kate que desconfia do comportamento estranho de Esther e do fato de ela sempre estar presente quando algo ruim acontece. Mas, Kate terá de provar suas suspeitas e ainda reconquistar a confiança da família, já que se afundou tempos atrás no alcoolismo para superar a perda do bebê.
A história apesar de interessante não é original. A sensação é de que A órfã é um recorte de outros filmes já conhecidos no cinema. Para quem assistiu a O Chamado, irá se surpreender com falas idênticas a das protagonistas Naomi Watts (Rachel Keller) e Daveigh Chase (Samara Morgan, que muito nos tira o sono), além do enredo do amor materno ser um dos palcos das discussões da trama. Esther, a vilã, é uma criança com violência surpreendente, que nos faz lembrar Macauley Culkin em O Anjo Malvado. O ambiente frio do inverno e a casa na árvore que o digam.
A direção de Jaume Collet-Serra e as atuações de Vera Farmiga e Peter Sarsgaard são medianas, porque quem rouba todas as cenas é o elenco infantil. Aryanna Engineer (Maxime), que é realmente surda-muda, dá um show de interpretação como a criança amedrontada e ameaçada pela nova irmã. Jimmy Bennett (Daniel) também surpreende como o irmão, antes o mais velho, que rejeita Esther por ciúmes e que também sofre maus bocados nas mãos vilãzinha. Isabelle Fuhrman é a grande estrela da trama. Nos convence (até demais) num papel assustador, e dá calafrios até quando aparece como boazinha. Certamente, a jovem é uma das novas promessas para o cinema hollywoodiano.
O roteiro de David Johnson, baseado em estória de Alex Mace, surpreende o espectador que, com muita atenção, conseguirá descobrir o final do filme com as pistas lançadas durante as 2 horas de filme – que claramente enrola em muitas cenas. 1 hora pode com certeza ser cortada sem perdas no enredo. Desnecessário também o final alternativo, nada inovador.
A Órfã é um ótimo suspense, que rende sustos e nos deixa boquiabertos diante das atrocidades arquitetadas por Esther, uma menina que recebeu uma nova família que já era desestruturada, mostrando como pode ser difícil a adaptação tanto para pais e filhos quanto para o novo membro que chega ao clã. E, que não fique nenhum temor na vida real, à adoção de crianças mais velhas, algo que já é complicado atualmente. 








Sherlock Holmes

     
  Recriando a história do detetive mais famoso da literatura, Guy Ritchie (sim, o ex-marido de Madona) mostra que é mais do que um diretor de clipes musicais. Sherlock Holmes, de 2009, é uma aventura e tanto; bem feita, bem interpretada e muito inteligente, fazendo juz às muitas facetas de seu personagem central.
        A Londres do final do século XIX é o palco para que o detetive Holmes (Robert Downey Jr.) mostre sua inteligência, lógica e métodos científicos para decifrar os casos os quais é contratado a investigar. Ao seu lado, o amigo sempre fiel e companheiro, o médico um tanto quanto conservador, Dr. John Watson, interpretado pelo galã Jude Law. Como vilão, temos Lorde Blackwood (o ótimo Mark Strong), que amedronta a todos com sua pinta de feiticeiro, menos a Holmes que não crê em nenhuma de suas magiaa. Juntos, Holmes e Watson irão desvendar os mistérios de Blackwood, que foi condenado a enforcamento após ser pego quase assassinando sua quinta vítima, uma mulher, num ritual de magia negra. 
        Sherlock Holmes nasceu de Sir Artur Conan Doyle em 1887 e publicado na revista Beeton's Christmas Annual. O ar despojado e charmosamente sarcástico que Ritchie dá ao personagem é perfeitamente incorporado por Downey Jr. Vencedor do Globo de Ouro de melhor ator, Downey está impecável no papel do irônico detetive, que se julga o sabe-tudo (e não é?) e com um alter-ego enorme (que muito lembra o antigo personagem do ator, Starck/ Homem de Ferro). Porém, o homem parece não ser dotado de sentimentos, salvo em dois momentos; um no aparecimento de seu antigo amor, Irene Adler (Rachel McAdams), uma astuta ladra; e quando se sente (notadamente) enciumado diante da possibilidade de perder seu grande amigo Watson, que irá se casar com Mary Morstan (Kelly Reilly), deixando de lado sua parceria com Holmes. 
        Enquanto as mulheres do longa fazem uma atuação morna e sem grandes destaques, os aplausos vão mesmo para os homens. Jude Law deu o tom certo ao discreto e realista Watson, mostrando um personagem carismático e apaixonante. Diga-se de passagem, a química entre ele e Downey é incrível e totalmente natural. Os dois parecem se divertir em cena, e isto é notado pelos espectadores. É Watson quem tira Holmes de seu mundo cheio de lógicas e razões, e as cenas em que os dois discutem são primorosas.
        Ritchie usou bem os 128 minutos os quais correm a aventura para apontar os traços de personalidade de Sherlock Holmes descritos a cada obra de Conan Doyle. O diretor usou e muito do jogo dos planos de câmera e lentidão nas cenas em que o raciocínio lógico de Holmes é posto na mesa, e tudo é milimetricamente calculado antes de ser feito; como nas cenas de luta, que também reafirmam a afinidade de Sherlock com as artes marciais, por exemplo, o boxe. Os muitos momentos de tirar o fôlego nos faz esquecer, inclusive, a falta do tão famoso bordão “Elementar, meu caro Watson”. Foi até uma ótima sacada de Ritchie, que arriscou para deixar clara sua marca e personalidade em todo o andamento do filme.
        Torna-se um clichê dizer que é preciso prestar atenção em um filme. Todos requerem esta prática. Mesmo em filmes como Sherlock Holmes, em que, no final, todos os detalhes anteriores são brilhantemente revelados pela ótica do próprio protagonista, a atenção deve ser redobrada. Bom é aquele filme empolgante que te incita a analisar cada pormenor e possibilitar ao espectador ser o Sherlock Holmes daquilo que assiste, sem esperar que o próprio filme entregue mastigado toda conclusão. 
        Palmas e mais palmas para a direção de Guy Ritchie em conjunto com o roteiro de Michael Robert Johnson, Anthony Peckham e Simon Kinberg. E de quebra, ainda ficou clara uma continuação para o filme. Mais um motivo para que os cinéfilos aguardem a sequência o quão logo possível.


















Criticas de Filmes


O Leitor
 

       

 Contando a história de amor entre uma mulher e um adolescente, vista pela perspectiva deste, O Leitor é uma excelente recomendação. O drama de 2008, baseado no livro de Bernhard Schlink, apresenta Kate Winslet como Hanna Schmitz, uma mulher solitária que trabalha conferindo bilhetes dos passageiros do trem. David Kross é o adolescente Michael Berg, que vai se envolver com Hanna. O relacionamento dos dois irá deixar marcas para sempre em suas vidas, culminando num encontro emocionante anos depois, em que segredos – escondidos por vergonha ou por preconceito da sociedade –, serão revelados apenas aos espectadores. 
        Apesar das constantes insinuações de que não se trata de um filme de amor, acho o contrário. O drama tem sim sua carga social, abrindo a história de uma mulher ríspida e amarga que esconde um segredo que, à época em que o filme é apresentado (década de 50, na Alemanha), é até compreensível, porém triste. Mas, o amor – uma das peças chave da trama –, entre Hanna e um rapaz 15 anos mais jovem do que ela e sua luta para não se envolver nesta tórrida paixão (o que não acontece) é tenso e intenso.
        Winslet abriu mão da vaidade e juventude a que suas personagens estão acostumadas (como em Titanic, por exemplo) e está espetacular na figura de Hanna, uma mulher que tem uma rotina sem grandes atrativos até o dia em que Michael entra em sua vida. Quando ela desaparece sem deixar notícias, deixando-o arrasado, o resultado futuro é catastrófico. Quase 10 anos se passam e o jovem, agora um estudante de direito, se surpreende ao reencontrar Hanna diante de um julgamento por sua participação no nazismo de Hitler, quando matou centenas de mulheres. Kate venceu merecidamente, o Oscar de 2009 como melhor atriz e também como coadjuvante no Globo de Ouro do mesmo ano. 
        David Kross, jovem estreante que encarna o adolescente diante de sua primeira paixão e grande motivador de Hanna, também tem uma estrondosa atuação. A química entre o casal é perfeita, com destaque para as cenas em que Berg lê as histórias para Hanna antes ou após os calorosos encontros. Kross está melhor que Ralph Fiennes, responsável por Michael Berg adulto. Faltou a Fiennes um pouco mais de entrega e emoção a uma história onde este sentimento é imprescindível. Mas, ele não arruinou o brilhante roteiro de David Hare e a primorosa direção de Stephen Daldry (de As Horas e Billy Elliot). 
        O Leitor não é um filme fácil de ser digerido. As quase duas horas de duração requer atenção, maturidade e sensibilidade para perceber todos os seus detalhes e entender suas nuances. Todos somos leitores. Seja quando lemos uma história e o que ela provoca em nós; seja como meros espectadores, trocando opiniões, experiências e sensações após assistir uma sessão de um bom filme.

Resenhas de Filmes


A Viagem – Cloud Atlas, dos irmãos Andy e Lana 
Wachowski,
Crítica | Resenha do filme A Viagem – Cloud Atlas, dos irmãos Andy e Lana Wachowski, mais conhecidos pela trilogia Matrix. Aqui eles fazem uma colagem de gêneros cinematográficos que se encaixam através de personagens que se encontram em momentos distantes da história humana. É fluido, complexo e filosófico como se esperava de um filme dos irmãos WachowskiO filme segue seis histórias que vão e voltam no tempo, com personagens que se cruzam, desde o século 19 até um futuro pós-apocalíptico, cada um deles narrador de sua história, de um simples viajante no Oceano Pacífico em 1850 a um jornalista durante o governo de Ronald Reagan na Califórnia.
Tudo está conectado.
Eu li o livro Cloud Atlas, de autoria de David Mitchell (somente em inglês), e me surpreendi com a complexidade da narrativa. Os saltos entre épocas e personagens são frequentes e muitas vezes só o percebemos depois de ler um bom trecho da troca temporal. É um romance de difícil leitura e assimilação, por isso me surpreendi quando os Wachowski anunciaram a adaptação. E a cada material divulgado eu era levado a acreditar que seria, sim, possível a transposição para o cinema de um livro tão recheado de meandros filosóficos, existenciais e, porque não, místicos. Espiritualidade, Teoria do Caos e até Carlos Castañeda são citados, além de influências de Neoshamanismo e Nova Era.
Crítica | Resenha do filme A Viagem - Cloud Atlas
Uma mistura de gêneros e uma fotografia eficiente são marca do filme.
O figurino, a fotografia simples porém eficiente e a maquiagem são responsáveis por tornar a mudança entre períodos históricos mais fluida. O filme salta através de seis épocas: do ano de 1849 onde acompanhamos uma história de escravatura até milhões de anos no futuro, 106 anos depois de um evento chamado A Queda, passando pelo ano de 1946 onde acompanhamos uma história sobre um amor homossexual proibido e a criação de uma obra-prima musical, então chegamos a 1973 em uma investigação jornalística sobre usinas nucleares na cidade de São Francisco, em 2012 com uma comédia sobre um grupo de velhinhos tentando fugir de uma casa de repouso e, enfim, em 2144, onde chegamos a cidade de Nova Seul, em uma ficção científica cyberpunk que conta a história de uma empregada de uma cadeia de restaurantes que acaba tornando-se a líder de uma revolução.
“Ser, é ser percebido.
E assim, para conhecer a si mesmo só é possível através dos olhos do outro.
A natureza de nossas vidas imortais, está nas consequências de nossas palavras e ações, que vão, e estão se esforçando à todo instante.” Frase de Sonmi-450 no filme
Crítica | Resenha do filme A Viagem - Cloud Atlas
Há momento divertidíssimos, como no núcleo do asilo para idosos.
É tudo muito bem costurado, o roteiro é inteligente e nos emociona, diverte e surpreende em uma montanha russa de emoções e percepções sobre a nossa existência. O filme é um vislumbre complexo sobre as conexões entre pessoas e como uma ação repercute através da eternidade.
Crítica | Resenha do filme A Viagem - Cloud Atlas
Tom Hankse  Halle Berry em cena do filme A Viagem – Cloud Atlas
Uma forma, que deu certo aliás, de tornar a transição mais sutil foi utilizar os mesmos atores nas diferentes histórias. Todos os atores, entre eles Tom HanksHalle Berry, Hugh Grant, Susan Sarandon, Jim Broadbent, Hugo Weaving, Jim Sturgess, Ben Whishaw, Keith DavidDavid GyasiZhou Xun eDoona Bae, estão em todos os segmentos da história, utilizando maquiagens surpreendentes e ousadas. No filme vemos orientais sendo transformados em ocidentais, negros em caucasianos, homens em mulheres e até um oriental negro há no longa.
Sinto que algo importante aconteceu comigo. Nossas vidas não nos pertencem, estamos conectados a outras vidas, no passado, no presente e no futuro.
Enfim, A Viagem – Cloud Atlas é uma montanha russa de percepções e filosofias, mas que não deixa nunca o ritmo baixar. É divertido procurar e tentar adivinhar quais os atores nos papéis representados, mas é, antes de tudo, experimental e diferenciado. Talvez não agrade o público em geral, mas é certeza de cinema de qualidade.
Adendo: Seguem algumas dicas da leitora Adelaide Ferreira Nishimura, que são muito úteis antes de assistir ao filme:
1) NÃO utilizar após noite mal-dormida.
2) NÃO ter a pretensão de entender todas as referências e as seis histórias em uma única vez.
3) Não se desespere, após 30 min. de exposição fica bem fácil acompanhar as idas e vindas no tempo.
4) Última recomendação: não saia antes do créditos finais, eles mostram quem interpretou cada papel, muitas surpresas.
Crítica | Resenha do filme A Viagem - Cloud Atlas
Sensibilidade, filosofia e espiritualidade se fundem na estória.
Sinopse de A Viagem (Cloud Atlas): O filme segue seis histórias que vão e voltam no tempo, com personagens que se cruzam, desde o século 19 até um futuro pós-apocalíptico, cada um deles narrador de sua história, de um simples viajante no Oceano Pacífico em 1850 a um jornalista durante o governo de Ronald Reagan na Califórnia.
Ficha técnica:
Diretor: Tom Tykwer, Andy Wachowski, Lana Wachowski
Elenco: Tom Hanks, Halle Berry, Hugo Weaving, Jim Sturgess, Susan Sarandon, Hugh Grant, Ben Whishaw, Keith David, Jim Broadbent, James D’Arcy, Götz Otto, Zhu Zhu, Doona Bae, Xun Zhou, David Gyasi, Alistair Petrie, Daniele Rizzo, Brody Nicholas Lee, Mya-Lecia Naylor, Louis Dempsey, Robin Morrissey, Raevan Lee Hanan, Valerie Lillibeth, Laura Vietzen, Lyly Schoettle, Charly Yoon, Korbyn Hawk Hanan, Liz Strange, Barry Van Lee, Alexander Yassin
Produção: Stefan Arndt, Grant Hill, Tom Tykwer, Andy Wachowski, Lana Wachowski
Roteiro: Tom Tykwer, Andy Wachowski, Lana Wachowski
Fotografia: Frank Griebe, John Toll
Trilha Sonora: Reinhold Heil, Johnny Klimek, Tom Tykwer
Duração: 172 min.
Ano: 2012
País: EUA, Alemanha, Hong Kong, Cingapura
Gênero: Drama
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Anarchos Productions / Media Asia Films / X-Filme Creative Pool / Asacine Produções / Five Drops / A Company Filmproduktionsgesellschaft
Site oficial: cloudatlas.warnerbros.com

Resumo: A Viagem - Cloud Atlas é uma montanha russa de percepções e filosofias, mas que não deixa nunca o ritmo baixar. É divertido procurar e tentar adivinhar quais os atores nos papéis representados, mas é, antes de tudo, diferenciado. Talvez não agrade o público em geral, mas é certeza de cinema de qualidade.



Lincoln, de Steven Spielberg  
Crítica | Resenha do filme Lincoln, de Steven Spielberg  na direção e estrelada por Daniel Day-Lewis.- É muito difícil nós, estrangeiros, entendermos o respeito e a importância e a estima que alguns dos líderes estadunidenses tem na população dos Estados Unidos. Figuras públicas como George Washington, o herói da independência, Theodore Roosevelt, o primeiro imperialista americano, John Kennedy, a grande promessa assassinada e Abraham Lincoln, o homem responsável pela integração americana e a abolição da escravatura, o que acabou permitindo ao país despontar como uma potencia mundial. O filme é ótimo, tem atuações excelentes e uma direção primorosa, mas muitos detalhes, muitas idéias e sutilezas nos escapam, justamente por não termos acompanhado a história americana com tanto empenho quanto os norte americanos, que são famosos pelo seu patriotismo exacerbado, mas que não considero equivocado.
A narrativa do filme Lincoln é centrada na condução do Norte à vitória na Guerra da Secessão e nos embates políticos que envolveram a abolição da escravatura no país. O longa mostra os conflitos entre Lincoln e sua esposa, Mary Todd. As cenas do casal representados com muito talento por Daniel Day-Lewis e Sally Field são as melhores dos filme. Emocionantes, críveis e fortes. Day-Lewis está perfeito em sua representação do presidente Lincoln e consegue demonstrar todo o carisma e respeito que seus assessores, empregados, soldados do exército e até mesmo seus inimigos tinham para com ele. O ator é forte candidato ao Oscar de melhor ator em 2013. O que seria justíssimo.
Crítica | Resenha do filme Lincoln, de Steven Spielberg
As cenas com  Lincoln (Daniel Day-Lewis ) e sua esposa, Mary Todd (Sally Field) estão entre as melhores do filme. Daniel Day-Lewis é sério candidato ao Oscar de melhor ator em 2013.
A ambientação é muito bem executada, assim como a fotografia, que em alguns momentos consegue até mesmo emocionar, como no momento em que Robert Todd Lincoln, o filho mais velho do presidente vivido por Joseph Gordon-Levitt, fica chocado com a crueldade da guerra durante uma cena no hospital de feridos de batalha. A iluminação ajuda muito nos cenários e na caracterização dos personagens, principalmente com Lincoln, onde a sua expressão forte e seus olhos profundos são acentuados pela luz utilizada.
A direção de Steven Spielberg, famoso por criar cenas com exagero de emoções e sentimentalismo se mantém equilibrada, mesmo em momentos onde  a dor dos personagens poderia ser ampliada. A mão do diretor desenvolve tomadas em um ritmo muito bom. Aqui ele se redime de todo exagero cometido em outro filme de 2012, Cavalo de Guerra.
Crítica | Resenha do filme Lincoln, de Steven Spielberg
Crítica | Resenha do filme Lincoln, de Steven Spielberg
Lincoln é um filme somente para americanos? Não. Ele é um filme com técnica apurada, interpretações memoráveis e uma direção exemplar, além de trazer a história de um homem que é exemplo para todos. Todo político brasileiro deveria ser obrigado a assistir a esse filme para entender que eles estão lá para tomarem decisões para o bem de toda a sociedade, não apenas que seja boa para si próprio. Foi assim que Lincoln viveu, e é assim que será lembrado.
Crítica | Resenha do filme Lincoln, de Steven Spielberg
Foto restaurada do presidente Lincoln
Trailer do filme:
O elenco de Lincoln conta com Sally Field  (Mary Todd, mulher do presidente), Tommy Lee Jones (Thaddeus Stevens, líder republicano e congressista da Pennsylvania, a favor da abolição), Joseph Gordon-Levitt  (Robert Todd Lincoln, filho mais velho do presidente), David Strathairn (William H. Seward, Secretário de Estado) e Jared Harris (o general Ulysses S. Grant), além de Hal HolbrookJames SpaderJohn HawkesTim Blake NelsonBruce McGillJoseph CrossDavid CostabileByron JenningsDakin MatthewsBoris McGiverGloria Reuben,Jeremy Strong e David Warshofsky.


Resumo: Lincoln é um filme somente para americanos? Não. Ele é um filme com técnica apurada, interpretações memoráveis e uma direção exemplar, além de trazer a história de um homem que é exemplo para todos.




Os Miseráveis - Victor Hugo 

Crítica | Resenha do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012) - Victor Hugo marcou a minha adolescência e meu gosto literário. Aos 14 anos eu descobri o mundo da leitura com o livro O Hobbit, mas a literatura desvendou-se para mim ao ler Os Miseráveis, do francês Victor-Marie HugoOs Miseráveis é uma das principais obras escritas pelo escritor e também da literatura mundial. A obra foi publicada pela primeira vez em 3 de abril de 1862 simultaneamente em Leipzig, Bruxelas, Budapeste, Milão, Roterdã, Varsóvia, Rio de Janeiro e Paris. A história passa-se na França do século XIX entre duas grandes batalhas: a Batalha de Waterloo e os motins de junho de 1832. Daqui resulta, em cinco volumes, a vida de Jean Valjean, um condenado posto em liberdade, até sua morte. Em torno dele giram algumas pessoas que vão dar seus nomes para os diferentes volumes do romance, testemunhando a miséria deste século: Fantine, Cosette, Marius, Thénardier e oinspetor Javert. 
“Procurei pela minha alma, mas não pude vê-la. Procurei meu Deus, mas ele se esquivou. Procurei meu irmão e encontrei todos os três”.
O filme do diretor Tom Hooper, de O Discurso do Rei, retrata a história com tamanha competência e carga dramática que torna-se impossível não sofrer com junto com Jean Valjean. Se torna muito fácil a imersão na trama e sentir a sua dor, ponderar os seus questionamentos e,  junto a ele, chegar à decisão de deixar o passado para trás e reescrever os rumos da própria vida. Hooper utiliza de tomadas de câmeras tão intensas quanto a historia e os personagens que pertencem à ela. Cada frame é exibido como uma obra de arte, como uma pintura minuciosa, mostrando um verdadeiro show dos atores, principalmente de Hugh Jackman e Anne Hathaway.
Crítica | Resenha do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012)
Cena de gravação do filme
Fantine de Anne Hathaway é intensa e visceral. E a atriz mostra porque ganhou o Globo de Ouro demelhor atriz coadjuvante. A dor da pobre Fantine salta dos poros de Anne Hathaway, escapa pelos seus olhos e literalmente explode na canção que está no clímax de seu sofrimento. É impressionante a força e a entrega da atriz naquele momento. Se posso descrever a cena em uma palavra: esplendorosa.  A canção ”I Dreamed a Dream” ficou conhecida do público em geral pela interpretação de Susan Boyle em um programa de auditório.
A jornada de Jean Valjean (por um surpreendente Hugh Jackman) é sofrida em cada instante. Ele é um homem bom de coração que é preso por 19 anos ao roubar um pão para dar de comer a seu sobrinho. Percorremos com ele durante sua história de redenção. Encaramos com naturalidade o constante peso sobre os seus ombros. Não importa quanta gente ele ajude ou quanto bem ele faça, ele nunca consegue se livrar do passado que o assombra na figura  intransigente e preconceituosa do inspetor Javert (Russell Crowe). Ao se ver prestes a ser preso novamente por JavertValjean decide se entregar, mas a dor e o sofrimento de Fantine e de sua filha Collete fazem com que ele decida fugir e dedicar a sua vida à pequena menina.
Crítica | Resenha do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012)
Hugh Jackman surpreende no filme Os Miseráveis
Valjean encontra a salvação na fé e na certeza de que seus atos trarão redenção e pagarão seus erros, enquanto o Inspetor Javert, crê apenas no caminho da lei e da justiça divina para punir os infratores e criar um mundo mais puro. Então percebe-se o trabalho de um bom roteiro e a sabedoria do diretor, que foram capazes de manobrar em meio a tantas camadas de compreensão, tantas leituras do texto original e um elenco com estilos bem distintos.
Tecnicamente o filme é impecável. A fotografia é linda, perfeita em todos os momentos. As músicas cabem bem em cada momento da narrativa. Os cortes e a edição também mostram-se impecáveis, assim como os figurinos e a ambientação. Mas o destaque fica com a direção de Tom Hooper, que conseguiu extrair interpretações tão extraordinárias dos atores. É possível ver no olhar de cada um toda a dor que seus personagens sentem.
Crítica | Resenha do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012)
Anne Hathaway ganhou o Globo de Ouro de 2013 por sua talentosa atuação no filme.
Por ser um musical estrelado por astros de Hollywood não poderíamos esperar grandes expressões vocais nas canções. Muitos espectadores e críticos de cinema detestaram a participação de Russell Crowenas músicas. Desafinado foi o insulto mais leve. Mas meus amigos, eu fui tão impactado com a interpretação de Hugh Jackman na maravilhosa cena de abertura e na do monastério, que entendi que o foco do filme não era o primor vocal dos participantes. Sinto muito, mas se você somente reparou nisso, você perdeu muito, mesmo.
Mas então porque tantas pessoas queixaram-se de Os Miseráveis? As maiores reclamações que leio são as seguintes: “É um musical, e musicais são chatos”, “o filme é longo demais”, Poxa, eles cantam o tempo todo!” Eu concordo que em alguns momentos o longa torna-se, digamos, estranho. Principalmente na parte onde aparecem os personagens de Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter. Eles por si já são caricatos demais, e a maquiagem e figurino pioraram essa impressão. Essa parte do filme, para mim, pareceu interminável. E, sinceramente, essa é a única ressalva que faço do filme.
Crítica | Resenha do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012)
O diretor Tom Hooper nos bastidores de Os Miseráveis
Os Miseráveis é filme, musical, drama, uma obra de arte em vários sentidos da palavra. É lindo, emocional e tem ótimas interpretações. Indico!
Se você quiser saber mais sobre Os Miseráveis, nós indicamos o site Por Mais Uma, que tem uma matéria muito bacana sobre a obra: Clique aqui e conheça
Crítica | Resenha do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012)
Crítica | Resenha do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012)
Sinopse de Os Miseráveis (Les Miserables, 2012): Na França do século 19, o ex-prisioneiro Jean Valjean (Hugh Jackman) é perseguido há anos pelo implacável policial Javert (Russell Crowe), depois que ele violou sua liberdade condicional ao roubar os candelabros de prata da igreja. Anos depois, agora rico e com uma nova identidade, Valjean conhece Fantine (Anne Hathaway), uma de suas ex-funcionárias de sua fábrica, que implora a ele que cuide de sua filha Cosette (Isabelle Allen). O encontro entre os dois muda suas vidas para sempre.
Prêmios:
- Em 2013, indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Canção Original, Melhor Direção de Arte, Melhor Edição de Som, Melhor Ator (Hugh Jackman) e Melhor Atriz Coadjuvante (Anne Hathaway)
- Em 2013, ganhou o Globo de Ouro Melhor Filme – Comédia ou Musical, Ator – Comédia ou Musical (Hugh Jackman) e Atriz Coadjuvante (Anne Hathaway)
Ficha técnica:
Diretor: Tom Hooper
Elenco: Anne Hathaway, Hugh Jackman, Russell Crowe, Sacha Baron Cohen, Helena Bonham Carter, Amanda Seyfried,  Eddie Redmayne, Samantha Barks, Aaron Tveit, Colm Wilkinson, Ella Hunt, George Blagden, DanielHuttlestone, Bertie Carvel, Isabelle Allen, Frances Ruffelle, Alistair Brammer, Evie Wray, Kerry Ellis, Tim Downie, Killian Donnelly, Alexander Brooks, Fra Fee, Sophie Ellis, Jean-Marc Chautems, Jonny Purchase, Lily Laight, Linzi Hateley, Scott Stevenson, Nathanjohn Carter, Dick Ward, Nancy Sullivan, Gabriel Vick, Catherine Woolston, Jaygann Ayeh, Paul Leonard, Gino Picciano, Olivia Rose Aaron, Jackie Marks, Julia Worsley, AlisonTennant, Josh Wichard, Sara Pelosi, Henry Monk, Adebayo Bolaji, Sammy Harris, Adam Nowell, Rosa O’Reilly, Stevee Davies, Robyn North, James Charlton, Alice Fearn, Kelly-Anne Gower, Iwan Lewis, Jos Slovick, Richard Dalton, Matt Harrop, Mary Cormack, Gary Bland, Adam Pearce
Produção: Eric Fellner, Debra Hayward, Cameron Mackintosh
Roteiro: William Nicholson, baseado na obra de Victor Hugo
Fotografia: Danny Cohen
Trilha Sonora: Claude-Michel Schönberg
Ano: 2012
País: Reino Unido
Gênero: Musical
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Working Title Films / Cameron Mackintosh Ltd.
Site oficial: lesmiserablesfilm.com
Crítica | Resenha do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012)
Cartaz do filme Os Miseráveis (Les Miserables, 2012)

Resumo: Os Miseráveis é filme, é musical, drama, uma obra de arte em vários sentidos da palavra. É lindo, emocional e tem ótimas interpretações.