"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina".

Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.

Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.

Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.

Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.

Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade.

Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando....

E termina tudo com um ótimo orgasmo!!!

Não seria perfeito?"

Charles Chaplin*

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Nascer velho e morrer criança


Vi essa crônica hoje no Fantástico (interpretada pelo Chico Anysio), achei demais e vim correndo procurar na internet para compartilhar aqui no blog!


"Acho que o homem deveria nascer com oitenta anos. Nasceria com oitenta anos , iria ficando mais novo, mais novo, mais novo até morrer de infância!
Chego inclusive a imaginar uma mãe comunicando o nascimento do filho: 

- Menina, meu filho nasceu! Pensei que não fosse nascer mais tava encruado. Nasceu com oitenta e quatro anos! Mas perfeitinho: um metro e setenta e seis, setenta e seis quilos. Eu ia botar o nome de Luís Cláudio, mas ele próprio foi ao cartório e se registrou como Haroldo!
E nos berçários, aquela fila de cadeiras de balanço , com velhinhos sentados... tossindo, pigarreando.
Todos assistidos por geriatras, já que padecendo eles todos dos males comuns aos recém nascidos: gota, artritismo, lumbago, reumatismo...
O homem nasceria com oitenta anos , aos sessenta se casaria com uma mulher de cinqüenta e nove, mas com uma vantagem: cada dia , a cada semana, a cada mês ela ficaria mais e mais jovem, até se transformar numa gata de vinte!
Com oitenta anos nasceria rico, sábio e... aposentado!
A partir de então, passaria a ganhar menos, menos; entraria para faculdade, desaprenderia tudo! Voltaria aquele estagio de ingenuidade, de burrice, de pureza! Depois, a bicicleta, o velocípede, desaprenderia a andar, esqu
eceria como engatinhar . 
Então, o voador, do voador para o chiqueirinho, do chiqueirinho para o berço, as trocas de fraldas, aquelas três gotas de remedinho no ouvido, o chá de erva doce para dorzinha de barriga, a chuca, o peito da mãe... e pararia de chorar!
Mas a vida, então teria que ser recriada, o mundo teria que regredir séculos... Cabral e Colombo descobririam o Novo Mundo, o homem desinventaria a roda, atingiria o desconhecimento da pólvora e do fogo, até chegar a Adão, o ultimo homem. O ultimo primeiro aquém Deus, colocando sobre sua mão, em vez de lhe soprar a vida, o inspiraria novamente para dentro de si mesmo..."

(Marcos César)

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